Nenhuma novidade na terrinha. Um monte de documentos veio à tona através de uns vazamentos. O responsável pela publicação – não por vazar os dito-cujos, fique bem claro – foi preso, é o inimigo número 2 dos Estados Unidos. Muito se tem questionado o motivo de sua prisão. Comentaristas apontam para o fato de ele não ter cometido crime ao divulgar os documentos e a falta de coerência na sua prisão enquanto outros que ajudaram a espalhar a notícia continuam soltos e louvados como defensores da liberdade de imprensa. Mas tem outra questão.
Por que tanto esforço pra prender o cara se a única coisa que ele fez foi provar aquilo que todo o mundo já sabia? Afinal, o que apareceu de mais polêmico, entre outros, foi que:
– Os Estados Unidos se acham os donos do mundo e querem que todos os países – que julga inferiores – lhe prestem obediência;
– O ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, é devoto do imperialismo norte-americano e não é confiável;
– O PSDB quer entregar o Brasil de lambuja para investidores estrangeiros;
– O Vaticano procurou esconder casos de pedofilia envolvendo padres;
– O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, gostaria de ter invadido a Venezuela com forças militares;
– As mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B) favorecem interesses estrangeiros;
– O golpe sobre Manuel Zelaya em Honduras foi exatamente isso, um golpe, inconstitucional.
Qual a novidade? Fora, é claro, a comprovação de que não somos loucos paranóicos por dizer tudo isso tempos antes de ser comprovado, como a mídia brasileira gostava de fazer crer.
Mais informações qualificadas sobre os vazamentos do WikiLeaks no blog mantido pela jornalista independente Natália Viana na Carta Capital.